Olá amigos do Steemit,
Hoje o Japão relembra a trágica história do bombardeio nuclear, aquele episódio horrendo, que ceifou diversas vidas, deixou sequelas eternas no corpo e na alma de tantas famílias. Compartilho com vocês, um resumo, através de rimas, talvez tristes, inspiradas também,  em Vinícius de Moraes com seu saudoso poema "Rosa de Hiroshima"!


https://portal.noticia.capital/wp-content/uploads/2017/04/Banner-Bomba-H.png
Fonte: https://bit.ly/2Kx75n7

Especificamente hoje, lembramo-nos do grito de DOR
Aquilo que feriu a calma, que dilacerou a alma
O “Little Boy” assim fora chamado, mas pergunto-me o porquê?
Seria ele, um literal brinquedo assassino?
Na verdade, era uma bomba atômica
Que causaria ali, danos irrecuperáveis, inesquecíveis, eternos 
Onde em 6 de Agosto de 1945, às 8h45 da manhã
Ouvia um estrondoso som, que irradiava uma luz “cegante”
140 mil mortos em Hiroshima...


Nagasaki fora atingida, após 3 dias
A “Fat Man” usou sua gordura visceral
Levou vidas, como um sopro desconcertante 
Queriam o “Fim” da Segunda Guerra Mundial
Será que não calcularam quantas vidas seriam ceifadas?
Tornaram todos os anos a mesma ruim lembrança 
Hoje, uma sirene insistente é ouvida
Acompanhada do estrangulador aperto ao coração
O aviso daquela dor, que completa hoje, seus 73 anos...

https://i.pinimg.com/originals/23/da/32/23da3248805065754693e00980a00a3d.jpg
Fonte: Pinterest

Uma lembrança idosa, de terceira idade?
Que trás amarguras profundas a humanidade
Desta ciência que avançava, apenas em seu mal
A intelectualidade que não sentimentalizava
Pois imperava a prepotência do poder
Almejavam apenas vencer
Mas não pensaram nas famílias que poderiam morrer
Encontraram órfãos de pai, de mãe, viúvos
Ninguém tinha mais ninguém...

E os que o tinham, em breve os perderiam
Abandonados a sorte dos fatos e atos de outrem
Explicavam sem justificativas
Desta justiça incoerente
Que matavam tantos inocentes
Por causa de um poder sem discernimento
Daquela tecnologia, que esquecia-se da velha ética
Aqueles gritos ensurdecedores, que não abortaram a razão
E tudo foi silenciando, calando...

Suas vozes não ecoavam nas cidades
Apenas cheiro da morte e desumanidade
Seus corpos perderam suas carnes
Envenenados com a imensa radiação
Uma chuva negra caíra do céu
Banhando as cidades com amplitude de escuridão
As sequelas continuavam a aparecer
Elas não precisavam se esconder
Ninguém sabia o que esperar...

https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/83/2015/07/29/29jul2015---a-fabrica-da-mitsubishi-em-nagasaki-no-japao-foi-um-dos-alvos-da-bomba-atomica-lancada-sobre-a-cidade-em-9-de-agosto-de-1945-e-ficou-totalmente-destruida-batizada-de-fat-man-gordo-em-1438190753360_956x500.jpg
Destruição da Bomba Atômica

Catarata, imensas queloides, cânceres diversos
Além da morte de que estava a aguardar
Não sobrava gente, nem bicho
Não tinham escolas, nem estudo
Caíram seus templos, mas não esqueciam suas preces
Naquele momento, a esperança não seria jogada ao relento
A cor foi sumindo, tudo foi descolorindo
Os sonhos foram estuprados, violentados
Corpos incinerados, só havia cheiro de morte...

Uma cidade vazia, já que tudo se perdia
Eles renderam-se, o Japão perdeu
Contudo, o que isso adiantou?
De um nada por um nada
Da covardia irritante dos poderosos
Que para demonstrar força, esquecem que os fracos 
Serão os mais afetados, os reais atingidos
Esta estupidez que salta os olhos e atinge o ser mais profundo
Persegue e consome com a maior DOR do mundo...

E as sequelas para sempre existirão
Para que lembremos, que atitudes irresponsáveis
Nunca devem ser esquecidas
Pois não queremos cometer os mesmos erros
Desejamos amor, zelo, respeito
A uma tristeza histórica, eterna e repleta de mágoas
De uma VIDA alterada e emudecida
Dos únicos culpados: O PODER E O HOMEM...

Toda a história encontra-se no Memorial da PAZ
Porém, qual paz assola-se aos corações, depois de tamanho desastre?


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Espero que gostem do que fora compartilhado.
Abraços da PAZ a todos!
Tábata Oliveira